Feliz quem tem uma PEDRA em SAGRES

Palavras-chave | Keywords

"Boca do Rio" "Ermida da Guadalupe" "Farol de São Vicente" "Fauna e Flora" "Fortaleza de Sagres" "Gentes & Paisagens" "Gentes de Vila do Bispo" "Geologia e Paleontologia" "História do Mês" "Martinhal" "Menires de Vila do Bispo" "Paisagens de Vila do Bispo" "Tales from the Past" "Vale de Boi" 3D Abrigo Antiguidade Clássica Apicultura ArqueoAstronomia Arqueologia Experimental Arqueologia Industrial Arqueologia Pública Arqueologia Subaquática Arquitectura Arte Rupestre Artefactos Baleeira Barão de São Miguel Base de Dados Bibliografia Budens Burgau CIVB-Centro de Interpretação de Vila do Bispo Calcolítico Carta Arqueológica de Vila do Bispo Cartografia Cetárias Cista Complexo industrial Concheiro Conservação e Restauro Descobrimentos Divulgação EPAC Educação Patrimonial Escolas & Paisagens de Vila do Bispo Espeleo-Arqueologia Estacio da Veiga Estela-menir Etnografia Exposição Figueira Filme Forte Fotografia Geographia Grutas Homem de Neandertal Idade Contemporânea Idade Moderna Idade Média Idade do Bronze Idade do Ferro Iluminados Passeios Nocturnos Ingrina Islâmico Landscape Medieval-Cristão Megalitismo Mesolítico Mirense Moinhos Moçarabe Museologia NIA-VB Navegação Necrópole Neo-Calcolítico Neolítico Neolítico Antigo Paleolítico Património Edificado Património natural Património partilhado Pedralva Pesca Povoado Proto-história Pré-história RMA Raposeira Recinto Megalítico/Cromeleque Referências Romano Roteiro Sagrado Sagres Salema Santos Rocha Seascape São Vicente Toponímia Vila do Bispo Villa Romana arte biodiversidade marisqueio menires mitos & lendas
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Protocolo de Cooperação para a Investigação Histórico-Arqueológica da Costa Vicentina

No dia 21 de Novembro de 2014, a Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur (ADPHAA), representada pelo Sr. Vice-presidente da Direcção, o nosso "bom vizinho" e amigo José Manuel Marreiros, entregou à Câmara Municipal de Vila do Bispo, na pessoa do seu arqueólogo, Ricardo Soares, um conjunto de 4 peças cerâmicas, provenientes de contexto aquático, a cerca de 6 a 7 milhas ao largo do Cabo de São Vicente. 
As peças foram fortuitamente trazidas "à tona" por redes de pesca, sendo posteriormente (e em "boa hora"!) entregues à ADPHAA pelo seu achador, o Sr. Herman Francisco, pescador residente na Carrapateira (Aljezur). 

Aqui se cita um trecho de um preliminar estudo tipológico das referidas peças, promovido pela ADPHAA e da autoria do arqueólogo Joel Rodrigues: 

"A análise dos materiais recuperados indica tratar-se de um conjunto coeso no que toca à cronologia, mas diverso no que concerne à proveniência deles. É possível que sejam materiais pertencentes a um mesmo naufrágio, integrando a parafernália própria de uma embarcação do século XVII. Pela natureza dos achados, não é possível avançar com hipóteses no que concerne à bandeira do navio"

Tendo em conta os naufrágios conhecidos ao largo do Cabo de São Vicente, designadamente na disponível bibliografia de referência, e a própria análise tipológica das peças recentemente recuperadas (um conjunto coevo enquadrável na segunda metade do século XVII), quem sabe estes achados reproduzam o eco de um naufrágio, como o da tartana (ou fusta?) francesa, 'Saint François', naufragada em 1671-72, durante um temporal ao largo do Cabo de São Vicente, segundo o testemunho directo de um dos tripulantes sobreviventes.

Após o necessário desenvolvimento da investigação já encetada, o Centro de Interpretação de Vila do Bispo apresentará os resultados e as peças ao público interessado, celebrando-se, assim, um Protocolo de Cooperação para a Investigação Histórico-Arqueológica da Costa Vicentina, entre a Câmara Municipal de Vila do Bispo e a Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur, dois bons vizinhos neste território sem fronteiras...